A enfermagem como profissão tem muitos campos de ação: assistência, gestão, pesquisa e ensino. Nestes tempos difíceis que estamos a viver destaca-se, sobretudo, a função assistencial.
Os doentes tornaram-se parte da primeira linha de defesa contra a pandemia de coronavírus.A enfermaria está localizada no centro de atendimento a pacientes. É responsável pelo atendimento inicial dos mesmos nos serviços de emergência de um hospital, realiza trabalho de triagem, a respetiva classificação de acordo com a gravidade e as necessidades de atendimento. Além disto, são, também, uma parte importante das equipas de atendimento extra-hospitalar, que auxiliam pacientes nas vias públicas e nas suas residências, e das unidades de terapia intensiva.
Resumidamente, acompanham o paciente em estado crítico, ou quem perto dele necessite de ajuda, durante todo o processo e até que o problema de saúde esteja resolvido.
O cuidado ao paciente em estado crítico requer dos profissionais de enfermaria uma série de habilidades: capacidade de trabalhar em equipa, comunicação e liderança em momentos mais sensíveis e difíceis.
Estes profissionais, e em particular neste momento de crise sanitária, não só cuidam de pacientes gravemente doentes, utilizando para o efeito toda a tecnologia disponível, como também desempenham um papel fundamental como elo de ligação às suas famílias. No caso do COVID-19 surgem situações especialmente complexas devido à dificuldade de comunicação provocadas pelo isolamento social entre pacientes e familiares. Todos os profissionais de saúde têm, por conseguinte, um papel essencial para ajudar a superar essa barreira de comunicação.
Podemos dizer, portanto, que eles estão no centro do atendimento ao paciente e são um dos pilares fundamentais do atendimento dos mesmos.
José Miguel Cachón Pérez
Director do Master Universitario en Urgencias, Emergencias y Críticos en Enfermería.
Universidad Europea