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28 abr 2022

Cemitério de Hotéis: Uma ameaça para o destino? Ou uma oportunidade de negócio?

Editado em 23 Jan. 2023

Numa viagem recente, descobri um cemitério de hotéis. Alguns de vós, em vez de olhar para este facto como uma tragédia ou um acontecimento infeliz, estarão a imaginar um manancial de oportunidades. Os investidores, identificam uma oportunidade de negócio, os marketers, uma vantagem competitiva na promoção do destino, e os técnicos de turismo, uma oportunidade para dinamizar o Dark Tourism. Todas as possibilidades são viáveis e complementares nesta história que vou contar. O país que vos falo é o Chipre e o cemitério de hotéis está localizado em Famagusta (a norte da ilha), atualmente ocupada pelos cipriotas-turcos. Os cipriotas gregos habitam a restante ilha.

O Chipre detém uma cultura rica e diversa, fruto das influências dos vários povos que foram passando pela ilha. Entre eles, os gregos, os romanos, os ingleses e os turcos, e a principal razão destas passagens, prender-se-á com a sua apetecida localização estratégica, entre a Europa e o Médio Oriente. Enquanto destino turístico, sofre dos mesmos problemas de outros destinos insulares: a grande dependência dos operadores turísticos; a falta de aviões diretos e o tempo que os turistas demoram a chegar ao destino (número de escalas), e a sensação permanente de isolamento. Nalguns casos, desenvolve-se um sentimento de nostalgia e evasão, apelidado de insularidade. Trata-se, no entanto, de um país culturalmente rico, repleto de ruínas com potencial arqueológico, temperaturas amenas e praias a perder de vista.

Excerto do artigo de opinião escrito por Sofia Almeida, professora na Universidade Europeia e investigadora no CEG/Territur, Universidade de Lisboa, para a TNews. O artigo completo encontra-se aqui.