O número de redes sociais online continua a crescer e a sua influência impacta nos hábitos de consumo.
A evolução destas plataformas não tem sido linear: existem plataformas sociais que mantêm o seu poder, como é o exemplo do Facebook e do Instagram; outras têm tido um rápido crescimento, como o TikTok, e existem ainda, aquelas que têm vindo a perder utilizadores, como é o caso da Hi5. Outras plataformas simplesmente desapareceram, como a Google + e a Immem. Existem redes sociais online temáticas e outras, em que só se entra por convite. As referidas redes podem, ainda, ser profissionais ou pessoais. No primeiro caso, os empresários olham para as redes, enquanto negócio e um canal gerador de relações com os consumidores, o que potencia o aumento da notoriedade da marca e a receita. No segundo, as pessoas olham para as redes enquanto espaços comuns, plataformas de descoberta de produtos e de serviços, que nalguns casos se transformaram em pontos de vendas e noutros funcionam como um canal de atendimento ao cliente.
As redes sociais podem ser muito diferentes entre si, mas existe um elemento comum a todas: o conteúdo.
O conteúdo é a chave para o sucesso de todas as viagens! E aqui não falo de viagens físicas ou turísticas, falo de viagens reais, de viagens digitais e de viagens virtuais. As redes sociais acontecem todos os dias nas vidas de (quase) todos nós e são alimentadas por conteúdos e reações. Os conteúdos que geramos enquanto utilizadores (textos, fotografias, vídeos, para citar alguns) e as nossas atitudes (quando gostamos, comentamos, partilhamos...). Já imaginaram o que seria das redes sociais, se os seus utilizadores não interagissem? Vazio.
O contexto e a relevância tomaram os seus lugares! Todos se digladiam para serem significativos.
Usamos frequentemente as redes sociais online para comunicar, saber novidades, comprar produtos ou serviços, ler notícias, partilhar estados de espírito, jogar ou simplesmente passar o tempo. A pandemia potenciou a interação dentro das redes sociais. Devido à imposição da distância física, as pessoas separaram-se ainda, que por breves períodos, mas graças à possibilidade de comunicar, através das redes sociais, a interação social não se perdeu e nalguns casos até cresceu. As pessoas usavam as redes sociais para partilhar as suas vidas, e as marcas usavam-nas para aproximar os clientes. Os Museus utilizaram as redes sociais para comunicar com os seus visitantes e criar experiências de visitas virtuais às suas obras. A Orquestra Sinfónica de Berlim, outro exemplo, concedeu acesso a vários concertos e peças musicais, permitindo assim a disseminação da sua música. São tantos os exemplos da utilização das redes sociais para diminuir as distâncias físicas e aumentar o envolvimento com os seus utilizadores que precisaríamos de várias páginas.
Hoje, e ainda em ritmo de pandemia, as marcas, os produtos e os serviços dificilmente consideram estratégias futuras de negócio, sem ponderar o admirável mundo das redes sociais. Estar ou não estar, já não é uma opção!
O panorama digital caracteriza-se assim pela mobilidade e pela interligação. Mobilidade, em que as redes se estendem e se libertam do computador. Os dispositivos móveis tornam-se instrumentos poderosos das comunidades, a partir dos quais temos acesso aos nossos perfis e às nossas histórias, às vezes em simultâneo e quase sempre em latitudes distintas. Interligação, é o segundo conceito. A integração e interligação entre dispositivos é condição para o crescimento das comunidades móveis que coexistem dentro das plataformas das online.
A par e passo empoderamos as redes sociais e caminhamos para a ‘ubiquidade’ onde através, de um qualquer dispositivo móvel, e do estímulo certo, estamos aqui e estamos ali, propagando a pegada digital. Mas provavelmente em breve, estes dispositivos serão obsoletos, pois será possível interagir com as redes sociais, sem ecrãs. Hoje vivem-se dramas sociais, porque os jovens são multi-ecrãs. As marcas desenham websites responsivos para que os consumidores possam abrir o website em qualquer equipamento, sem comprometer a experiência. E se o futuro das redes sociais passar mesmo por abandonar os ecrãs? Usar-se-ão as Realidades Estendidas (XR) como a Realidade Aumentada, Mista e Virtual para interagir com os estímulos dos amigos ou das marcas. Não precisaremos de internet para usar as redes sociais, e uma das possibilidades é imergirmos na própria Internet.
E porque o caminho se faz caminhando, o importante é olhar para o futuro, e nesse sentido apresentam-se de seguida, algumas pistas sobre as tendências das redes sociais online, baseadas na batuta do Influencer Marketinghub e do Marketing FutureLand:
i) Ampliar-se-á o domínio dos conteúdos de vídeos;
ii) O TikTok continuará a crescer em termos de relevância;
iii) Aumentará o poder do marketing dos influenciadores;
iv) Prevalecerá a segmentação local –‘Think Global, Act Local’;
v) Imersão do storytelling nos ambientes e conteúdos virtuais;
vi) A realidade aumentada tornar-se-á mais popular dentro das redes sociais;
vii) O Instagram e o Twitter continuarão a ser importantes no segmento B2B, mas existirá mais espaço de crescimento para redes menores, como é o caso do Pinterest e do Snapchat;
viii) Humanização das marcas –os espaços sociais serão usados para criar empatia e emoção junto dos consumidores, maximizando a relevância contextual;
ix) Aparecerão novas formas de presença e interação social - sem a mediação de um ecrã.
x) Incrementar-se-á o social áudio nos espaços sociais. A voz e a opinião serão usadas como moeda de troca.
O Timesnownews.com, apresenta algumas curiosidades sobre o dia mundial das Redes Sociais online, que se celebra a 30 de junho, e foi lançado em 2010 pela Mashable, uma empresa de entretenimento.
- A primeira rede social chamada Six Degrees foi criada por Andrew Weinreich em 1997 para fazer upload de fotos e ligar-se a outras pessoas pela primeira vez.
- A pizza é a comida mais popular do Instagram, seguida de sushi e do bife. A foto com o maior número de gostos no Instagram é uma foto de um ovo.
- Para se juntar à celebração deste dia, acrescente o hashtag: #SMDay criado para a ocasião.
O Dia Mundial das Redes Sociais celebra-se a 30 de junho.
Sofia Almeida
Professora na Universidade Europeia e Investigadora no CEG/Territur.