Numa viagem de táxi, conheci o senhor Augusto. Nessa viagem, de cerca de 20 minutos, em que apenas me apetecia ser levada ao destino, ele insistiu na conversa – obrigada pela riqueza do que me fez pensar Sr. Augusto. Dizia o senhor que estava zangado com um colega de profissão que havia “enganado” uns estrangeiros ali pelos lados do Parque das Nações.
Contava que por muito esforço que se fizesse – ele, os colegas, os chefes, os patrões e até os clientes – para dignificar e honrar a profissão, havia aqueles que só se importavam consigo e com a sua carteira – hoje, e que deviam ser impedidos de exercer a profissão de que muito se orgulhava – de imediato fui levada para as questões da ética, dos valores e dos princípios, mas uma frase do senhor levou-me para o Employer Branding – “repare, por muito que o patrão nos crie condições, que seja sério nos motoristas que escolhe, que se preocupe connosco e com as condições em que trabalhamos, que se empenhe em ser justo com o que nos paga, são estas pessoas que nos acabam com o negócio. E temos de os aturar, pois se denunciarmos somos mal vistos na classe.”
Excerto do artigo de opinião escrito por Isabel Moço, coordenadora e professora de Recursos Humanos na Universidade Europeia, para o jornal Human Resources Portugal. O artigo completo encontra-se aqui.