Caro leitor, se ainda não sabe a resposta à questão do título, se acredita que voltaremos ao “normal” e tudo não passará de uma fase difícil que tivemos de ultrapassar, talvez seja hora de perceber que o futuro do trabalho já cá está. Se foi implementado como deveria? Talvez não. Se foi (e é) uma resposta de contingência? Claro. Mas que ninguém duvide que, a partir de 2020, o trabalho remoto fará parte da vida de muitos de nós.
Nos círculos de debate dos profissionais de Gestão apresentavam-se, nos últimos anos, as grandes novidades do ponto de vista mais conceptual ou, mesmo em casos reais, de materialização das tendências da Gestão de Pessoas, sobretudo em três grandes domínios: Flexible Work Arrangements, Flexible Benefits e Work Life Balance. E as tendências já cá estão, de facto. Mas o que muitos não compreenderam é que estas políticas (e práticas inerentes, claro) fazem parte de uma linha/filosofia de gestão que assenta na unicidade de cada ser humano e que tardiamente os sistemas de organização do trabalho estavam a responder-lhe. A par de tudo isto, a evolução das tecnologias permite suportar, cada vez mais, o trabalho “anytime” e “anywhere” pelo que se justificaria que se repensassem os modelos de trabalho.
Excerto do artigo de opinião escrito por Isabel Moço, professora na Universidade Europeia, para a Líder. O artigo completo está disponível aqui.