Vivemos tempos interessantes. A velha praga chinesa assume atualmente uma deliciosa ironia. O mundo “repolariza-se” inclinando-se para Oriente, que aparenta uma placidez, serenidade, ordem, rigor, em contraste com os “tempos interessantes” a Oeste. Prenhes de balcanizações de tudo, por nada, e envolvendo quase toda a gente.
Até a ciência e os cientistas, muito expostos durante a pandemia, parecem ter cedido ao novo Zeitgeist. De facto, durante os últimos meses apareceram posições que demonstravam uma causalidade, a sua simétrica, a raiz quadrada do axioma que as sustentava, a derivada das suas consequências, o integral dos factos e contra factos. Já abominámos as máscaras que entrementes se tornaram incontornáveis, e os anti-inflamatórios que afinal parecem imprescindíveis, os confinamentos que eram determinantes são agora órfãos de suporte científico.
Excerto do artigo de opinião escrito por José Manuel Fonseca, Coordenador da Pós-Graduação em Gestão da Universidade Europeia, para a Líder. O artigo completo está disponível aqui.