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Estudo da Universidade Europeia conclui que maioria dos portugueses preferia não estar em teletrabalho

30 abr 2020

A Faculdade de Ciencias Empresariais e Sociais da Universidade Europeia desenvolveu, conjuntamente com os seus parceiros, nomeadamente a [Manpower Group](https://manpowergroup.pt/pt/detalhe_blog/152/estudo-da-universidade- europeia-sobre-teletrabalho%20), um estudo sobre os " **Desafios da Gest ao de Pessoas em Trabalho Remoto**" com o objetivo de caracterizar quais os principais desafios que se colocam as empresas, a gestao de pessoas e as proprias pessoas, que na presente conjuntura de combate a propagaçao de Covid-19 estao a trabalhar remotamente.

Segundo os resultados do estudo, do total de 539 respostas avaliadas, a maioria dos portugueses inquiridos trabalha em regime de full-time (96%), estando também a maior parte em situação de isolamento social (84%). 90% dos inquiridos encontra-se em regime de teletrabalho, sendo que a maioria (65%) preferia não estar, no entanto apenas uma reduzida percentagem de participantes se encontra “nada satisfeito” ou “pouco satisfeito” com a situação.

Relativamente às principais vantagens sentidas pela população em regime de teletrabalho, a esmagadora maioria identificou o ganho de tempo (79%), a gestão de horários (57%) e uma maior flexibilidade (44%). Quanto às desvantagens do teletrabalho, destaca-se a sensação de afastamento dos colegas (76%), “mistura” entre a vida profissional e familiar (64%), bem como o sentimento de não ter apoio quando é necessário (39%).

O estudo, desenvolvido pelas Professoras Isabel Moço, Sílvia Lopes e Raquel Reis Soares, constata ainda que as mulheres, comparativamente com os homens, reportaram um nível de stress e cansaço mais elevados bem como os participantes com filhos, comparativamente com aqueles que não têm filhos, reportaram níveis mais elevados de conflito trabalho-família, stress e cansaço.

Como conclusões do estudo destacam-se o facto da gestão de pessoas dever assumir alguns princípios, como, padrões e medidas de promoção da saúde ocupacional, do equilíbrio emocional e do bem-estar pessoal, nomeadamente o “direito à desconexão” e a limitação dos espaços de trabalho; regulação dos tempos de trabalho e medidas de promoção da produtividade; “(re)educação” de trabalhadores e chefias; contrato de trabalho específico para teletrabalho e suas condições.

O relatório integral do estudo “Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto” pode ser solicitado aqui.