O processo de indemnizaçao as vitimas dos incendios florestais e o tema central da conferencia que a Universidade Europeia vai promover no proximo dia 15 de junho, a partir das 9h30, no auditorio do _Campus_ da Quinta do Bom Nome, em Carnide.
Com abertura da Provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, e do Reitor da Universidade Europeia, Pedro Barbas Homem, a conferência pretende debater, pela primeira vez, o impacto dos incêndios ocorridos em junho e outubro de 2017 e a resposta disponibilizada pelas entidades governamentais para apoiar, posteriormente, a população, num momento em que Portugal se prepara para assinalar o primeiro aniversário de uma das maiores tragédias que afetaram o país.
A conferência desenvolve-se a partir de painéis que irão debater o impacto dos incêndios em diferentes perspetivas. O primeiro “Compreender e avaliar o sofrimento das vítimas” vai aprofundar as consequências psicológicas destas tragédias na vida das pessoas afetadas e conta com a participação de Isabel Trindade - Vice-Presidente da Ordem dos Psicólogos -, Miguel Oliveira da Silva – Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa - e Maria do Céu Patrão Neves - Professora Catedrática da Universidade dos Açores -.
O painel “A fixação das indemnizações e as consequências na atividade seguradora” vai contar com a participação de Pedro Romano Martinez, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa. Este especialista vai aprofundar o impacto nos seguros, considerando que só o incêndio de outubro foi o maior sinistro de sempre na história da atividade das companhias em Portugal.
O tema central do encontro “Fixação dos critérios de indemnização às vítimas dos incêndios” será aprofundado por Mário Mendes, Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça e Membro do Conselho que foi criado pelo Estado para fixar os critérios de indemnização dos incêndios.
Para além dos avultados prejuízos materiais, os incêndios que deflagraram em Portugal nos passados meses de junho e outubro tiveram um impacto considerável na população. Como o sistema jurídico português não tinha nenhum critério que definisse ferido grave decorrente destas situações, o Conselho para a Indemnização das Vítimas de Incêndios estabeleceu um conceito próprio, fixando o universo e os critérios para o pagamento destas indemnizações. Ficaram estabelecidas cinco situações em que uma pessoa afetada pelo incêndio pode ser considerada ferido grave, abrangendo ferimentos físicos e corporais, bem como danos de natureza psíquica. Com a organização da conferência “Incêndios florestais: as vítimas e a indemnização por danos”, a Universidade Europeia pretende proporcionar um debate atual e aberto a toda a comunidade.
PROGRAMA:
09h30: Intervenção inicial
Maria Lúcia Amaral, Provedora de Justiça. Professora Catedrática da Universidade Nova de Lisboa
Pedro Barbas Homem, Reitor da Universidade Europeia
10h15: Debate: Compreender e avaliar o sofrimento das vítimas
Isabel Trindade, Vice-Presidente da Ordem dos Psicólogos
Miguel Oliveira da Silva, Professor Catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de
Lisboa
Maria do Céu Patrão Neves, Professora Catedrática da Universidade dos Açores
11h30: A fixação das indemnizações e as consequências na actividade seguradora
Pedro Romano Martinez, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa
12h00: Fixação dos critérios de indemnização às vítimas dos incêndios
Mário Mendes, Conselheiro Jubilado do Supremo Tribunal de Justiça. Membro do Conselho criado
pelo Estado para fixar os critérios de indemnização
12h45: Encerramento