Mais qualidade de vida e uma melhor gestao dos horarios, mas por outro lado, o aumento dos niveis de stress e um numero excessivo de horas de trabalho, sao alguns dos beneficios e das desvantagens do teletrabalho, apontados no estudo "Desafios da Gestao de Pessoas em Trabalho Remoto". Para perceber de que forma esta realidade influenciou o quotidiano dos portugueses, a Universidade Europeia deu continuidade a investigaçao iniciada em 2020 e apresenta agora as principais conclusoes, volvido um ano sobre a aceleraçao deste formato de trabalho devido a pandemia de COVID-19.
Perante os resultados, e os desafios que se colocam às empresas, à gestão de pessoas e às próprias pessoas, num contexto de alguma consolidação da experiência de trabalho remoto, as investigadoras do estudo “Desafios da Gestão de Pessoas em Trabalho Remoto” (Ana Sabino, Isabel Moço e Raquel Soares) defendem ser importante que as empresas compreendam os benefícios, mas também assegurem as condições para uma efetiva relação entre trabalhador, trabalho e empresa.
“É necessário criar condições, por exemplo, ao nível dos tempos de trabalho ou das relações entre pessoas. Os trabalhadores precisam ganhar esta consciências e, as empresas, de os apoiar no que seja necessário face às novas circunstâncias”, acrescenta Isabel Moço. “Embora a experiência de trabalho a distância reúna significativos níveis de satisfação, a maioria das pessoas, em situação de poder optar, não escolheria ser teletrabalhador. Os empregadores devem considerar este registo ao (re)equacionar estes modelos de trabalho, pois embora a maioria veja vantagens para as partes, a experiência foi determinada por um conjunto de circunstâncias que, a serem diferentes, determinarão ainda mais estes dados”, conclui.
O estudo “Desafios da Gestão de Pessoas em trabalho remoto 2021” surge na sequência de uma edição do mesmo levantamento, realizado em 2020. Foi realizado através de questionário disponibilizado nas redes socias, entre os dias 8 de fevereiro e 28 de abril de 2021, tendo sido obtida uma amostra com um total de 970 indivíduos, residentes no Continente e Regiões Autónomas. Em termos de idade, a faixa etária dos 35 aos 44 anos (40%), bem como a faixa etária dos 45 aos 54 anos (28%) são aquelas que reúnem um número mais elevado de participantes neste estudo, sendo que 65% dos respondentes são do género feminino. No que se refere ao nível de escolaridade, a maioria dos participantes tem formação superior: 48% dos têm bacharelato/licenciatura e 31% mestrado. 81% referiu encontrar-se em teletrabalho.
O estudo integral é disponibilizado pela Universidade Europeia, podendo ser solicitado através do email estudos@universidadeeuropeia.pt.